quinta-feira, 21 de agosto de 2008

O filho de Francisco

Nas margens de um grande rio,
romeiros a caminhar,
em busca de um casario,
aonde possa habitar.

Por mais desejada água,
insiste em não cair,
as terras de chão rachado,
obrigam todos a partir.

Esperança que mobiliza,
tão bravo sertanejo,
caminhando léguas a fio,
a salvação do vilarejo.

Lamentarias velho Chico,
a perda de um grande filho,
o jeca-tatu sertanejo,
sedento por um lampejo.

Desnudo o teu leito,
não poderias agir,
avistarias talvez,
o seu filho partir

se uma chuva solidária,
se adiante se aproxima,
salvarias! velho Chico,
seu filho da chacina.

PAULO ANDRÉ DOS SANTOS
JANEIRO DE 2008

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