segunda-feira, 18 de abril de 2016

Entre o flerte e o Prazer


Por: Paulo André dos Santos. Qual a distância entre o flerte e o prazer? Qual a distância entre o desejo e a conquista? Se soubéssemos essa distância, já estaríamos na metade do caminho. Em relação a isso, poderíamos adequar às mais diversas circunstâncias. Fiquemos na analogia de um caso: a relação entre vendedor e cliente. Entretanto, para isso, façamos uso dessa dinâmica interessante que se coloca entre o flerte e o prazer. Pois bem, a ousadia de quem dá o primeiro passo é um componente fundamental para se alcançar o prazer – entenda-se como realização. De fato, no caso da abordagem vendedor–cliente a ousadia - ou a atitude, caso prefira, é de suma importância, mas não é determinante. Então, o que seria determinante para fecharmos uma venda, ou melhor, alcançarmos o prazer? Será que somos reféns da sorte? Não. Embora a sorte seja um vento em nossas velas, para navegar faz-se necessário algum preparo. É preciso ajustar o leme, abrir as velas, pois afinal, de que adianta ventos em um barco com as velas retraídas ou presas? De que adianta a bem aventurança dos ventos se o leme aponta para o lado contrário ao que pretendemos ir? Seria um desperdício de energia e de oportunidades, não é verdade? Diante disso, ao recobrar algumas experiências relacionadas às dinâmicas de vendas, percebi que a qualidade da abordagem é muito importante. É preciso estar sensível à necessidade da clientela. O processo de fechar uma venda pode ser comparado às investidas de alguém que está apaixonado(a) e busca conquistar a sua cara-metade. Muitas vezes, um simples "não" quer dizer "vou pensar". E nessa reflexão, no caso, das vendas, podemos dizer, por experiência, que muitas vezes, esse "vou pensar" é um "quase sim", tudo vai depender da forma em que empreendemos a nossa abordagem. Muitas vezes, por descuido, avançamos o sinal, antes da hora, apelamos, e isso pode significar o fim do namoro – quer dizer, da venda. O vendedor precisa estar atento aos sinais emitidos pelo cliente, tal como em um processo de conquista amorosa. Assim como o "sim", muitas vezes, vem bem depois de um não, uma venda poderá nascer tempos depois de uma negativa do cliente. Acredito que além de fechar uma venda com o cliente, é indispensável saber deixar uma boa impressão. Mais adiante, em virtude de circunstâncias acidentais ou planejadas, o cliente poderá lembrar de você. Nesse momento, provavelmente – se o vendedor tiver deixado uma boa impressão, estará com a faca e o queijo à mão. É importante lembrar que uma venda pode acontecer acidentalmente, em virtude de uma necessidade intempestiva do cliente, mas, sobretudo, diante dos cenários atuais, é inverossímil que isso aconteça. A depender do nível de investimento, fechar uma grande venda irá exigir jogo de cintura e paciência do vendedor, assim como acontece em um processo de conquista amorosa tida como difícil ou improvável. O importante mesmo é sempre estar de braços abertos.

Nenhum comentário: