(Autor: Paulo André dos Santos)
Marcha aos montes,
Tropas operárias,
Minúsculos hercúleos,
Cavaleiros lendários.
****
Léguas a fio com folhas verdes,
Pão e vinho na mesa do inverno,
Torrente de água que cai na secura,
Levados para longe pelo mar severo,
Que cai do céu da amargura.
****
Pernas naufragando n’água,
Mãos estendidas a Prometheus,
Vão sumindo no infinito breu,
O brilho dos olhos que se apaga.
****
Zeus troveja, o homem fraqueja,
As formigas morrem aos montes,
Heroicamente se agarram a peleja,
Os homens apáticos, lunáticos, distantes,
Observam atônitos aquele inferno d’antes.
****
De cima admira-se o Tonitruante Zeus,
Brava labuta da colônia servil,
A altivez épica dos condenados,
Marujos resistentes ao cântico das serenas,
É belo morrer tão bravamente, ó formigas,
Ensina aos homens a não serem tão ébrios contentes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário