"Um texto é muito mais do que um simples conjunto de palavras, é um organismo vivo, uma ontogênese, que carregam consigo visões, sentimentos e utopias". Autor:Paulo André Seja bem vindo!
quinta-feira, 26 de abril de 2012
RESENHA - MUDANÇAS CLIMÁTICAS GLOBAIS
POR: PAULO ANDRÉ DOS SANTOS.
Ao abordar sobre os acontecimentos ambientais dos últimos anos, notase a
pertinência de discussões em torno dos fenômenos da natureza. Especialmente, aqueles que
ficaram marcados pelos danos causados, em grandes proporções. Em virtude disso, atualmente, o tema das mudanças climáticas provocadas pela ação humana entra em pauta nas agendas políticas pelo mundo. Nos últimos anos, inúmeros Chefes de Estado tem se reunido para deliberações sobre o assunto.
Pressionados pela sociedade civil, representantes governamentais tem sido obrigados a
incluir, pelo menos no discurso, um tom de seriedade em torno da temática. Em contrapartida,
existem correntes teóricas que atribuído tais mudanças ao próprio dinamismo da Terra, reforçando o discurso dos governantes que descumprem as orientações para a redução das emissões de poluentes na Atmosfera.
Por outro lado, Tanaka (2010) relata que, segundo Climatologistas, as tempestades
tropicais vem ocorrendo com cada vez mais frequência em virtude do fenômeno do aquecimento global. Nesse sentido, o referido autor denota que a intervenção humana, nos últimos 150 anos tem provocado um aumento progressivo da temperatura da terra.
A respeito disso, Seabra (2008) revela que, ao contrário do que se evoca constantemente nos meios de comunicação, o planeta Terra não está em processo de aquecimento, mas, em um processo de resfriamento. “Existem evidências que o clima, entre cerca de 800 a 1200 d.C., era mais quente do que hoje” (Seabra,2008, p.51).
Portanto, seguindo esse raciocínio, além de desconstruir a ideia de aquecimento global, o autor deixa pistas de que as mudanças climáticas não são diretamente um reflexo das ações humanas. É importante ressaltar, que, mesmo com as divergências sobre as condições climáticas
da terra, uma ideia consegue encontrar consenso entre os estudiosos abordados, admitese o
fato de que as condições climáticas da terra tem refletido, desde os tempos mais remotos, um
processo de mudança.
A questão é: em que ritmo? É possível evitar? A humanidade tem tido um papel protagonista nesse processo? A terra está em processo de resfriamento ou de
aquecimento? Existem controvérsias. Mudanças climáticas, bem como, os fenômenos de alta proporção da natureza, tais como, os alagamentos, os tornados, os furacões, os terremotos, os tsunamis, tem sido a pauta de discussões de profissionais ligados à Geologia, acadêmicos e representantes governamentais e não governamentais.
Como relata Seabra (2009), das emissões de gás carbônico para a atmosfera, cerca de 97% são advindas de processos naturais. Conforme o referido autor, as emissões de carbono através da intervenção humana representa um percentual de 3%, apenas. Em relação a isso, é indiscutível que tal constatação causa um pouco de estranhamento, pois há um forte contraste com o discurso das entidades de defesa do meio ambiente, que se colocam de maneira a culpabilizar as ações humanas, de modo que ressalta o seu papel central na deterioração do meio ambiente e nas mudanças ambientais.
Contrapondose a essa idéia, o Seabra (2009) argumenta contra os relatórios do IPCC
(Intergovernmental Panel on Climate Change), ao mencionar a constatação feita pelo glaciologista Zbigniew Jaworowski de que a experiência descrita nos relatórios nunca havia sido submetida a uma demonstração que tornasse os resultados confiáveis.
Em 2006, por meio de um Documentário, denominado de “Uma verdade
inconveniente”, Al Gore, excandidato à Presidência dos EUA, evoca a consciência das pessoas, ao salientar que a ação humana tem provocado uma série de transformações na geografia global, especialmente, nas zonas mais frias. Através de animações realizadas em computador, Gore demonstra quais seria o desfecho do aquecimento global.
Essas consequências tem como um dos principais desfechos elevação do nível dos
mares. De acordo com Tanaka (2010, p.15), “...O nível dos mares subiu de 10 a 25 cm ao
longo do século passado e os modelos indicam que vai subir muito mais depressa neste século”. Em virtude disso, com mencionado anteriormente, representantes governamentais tem sofrido pressões das entidades de defesa do meio ambiente, a fim de discutirem soluções para o problema.
O que fica evidenciado durante o referido documentário, em que Al Gore demonstra o
caráter devastador que a elevação do nível do mar irá provocar. Com isso, a inundação de
áreas litorâneas e com níveis de altitude próximos em relação ao nível do mar, deverá acontecer nas próximas décadas.
Finalmente, ao levarmos em consideração os posicionamentos divergentes, nas
constatações realizadas por estudiosos sobre o assunto, existe, como referido antes, pelo menos um ponto de confluência: a Terra tem seus processos contínuos.
Na verdade, é importante saber até que ponto nós seres humanos temos participação nas mudanças climáticas e geológicas, mas, no atual momento ainda não temos condições plenas de diagnosticar isso. Muitos dizem que a Terra está se aquecendo, outros dizem que está se resfriando, para mim, isso vai depender da referência de tempo que utilizamos.
É possível que, por um determinado período de tempo, a terra siga uma tendência de
resfriamento ou de aquecimento, no entanto, isso não quer dizer que essa processo será uma
constante. Entendo que, se fossemos levar em consideração a contemporaneidade, acredito
que a fase geológica e climática pela qual estamos passando é de aquecimento e está sendo
potencializada pela ação humana, uma vez que, em nenhum outro momento da história a
humanidade esteve tão próxima do onipresente e do onipotente nas relações com a natureza.
REFERÊNCIAS:
SEABRA, Giovanni (Org.). Terra: mudanças ambientais globais e soluções locais. João Pessoa: Editora Universitária da UFPB, 2008. (240p).
TANAKA, Shelley. Mudanças climáticas. Trad. Vera Caputo. São Paulo: Edições SM,
2010.
GORE,Al. Uma verdade inconveniente (Trailler). Disponível em
< http://www.youtube.com/watch?v=GoFkFkolNcg> Acessado em 28 de Setembro de 2011.
BROWN, Lester. Elevação do nível do mar força evacuação de ilhanação. Disponível em
Acessado em 30 de setembro de 2011.
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