segunda-feira, 9 de março de 2009

Crônicas da torcida: o retorno e o triunfo de um grande ídolo mundial, o Fenômeno.


*Foto extraída do sítio: Globo.com


Por: Paulo André dos Santos

No olhar de expectador, no banco de reservas, um homem aguardava a oportunidade de participar daquele jogo. Olhava para a bola como um menino olha para o doce. Era puro desejo, era pura vontade. Quando chegou a hora, momento em que milhões de pessoas aguardavam apreensivas, brasileiros e fãs do mundo todo, ele entrou em campo. Sereno, predestinado, estava prestes a mudar a história do jogo. O Corinthians perdia por 1 a 0. O time do Palmeiras chegava rápido à zona de defesa do Timão, era um suplício para os zagueiros. Assim que tocou a bola é possível imaginar que cada brasileiro gritava no coração: “Vai!!! Ronaldo, vai!!! Ronaldo...”. E ele foi. Antes que alguém viesse a perguntar se ele ia vingar ainda na carreira, ele deu a resposta. Seu primeiro chute na trave fez surgir na lembrança muitos brasileiros o privilégio de ter presenciado jogos monumentais do Fenômeno. Existem jogadores que são grandes em seus clubes, existem jogadores que são grandes na Seleção de seu país, mas, Ronaldo conseguiu ser grande na história dos dois. Ganhou tudo – ou quase tudo – que um jogador poderia ganhar. Foram muitas glórias em 16 anos atuando como jogador profissional. Com trinta e dois anos de idade, parece ainda não cessou o seu tesão pelo futebol, ele quer mais. A cada lance em que Ronaldo tocava a bola o Brasil era só Corinthians, todos torciam que ele fizesse algo de fenomenal, uma jogada de craque. Apesar de ainda não se encontrar na plenitude da forma física, Ronaldo encantou. Ao apagar das luzes, ao fim da festa, o convidado resolveu dar um novo sabor à festa. Em uma cobrança de escanteio, precisamente, aos 47 minutos do segundo tempo, uma cabeceada, um gol, o protagonista do espetáculo e a fiel torcida esbanjam euforia. Ronaldo correu até o alambrado para comemorar o gol que marcou o seu triunfal retorno aos gramados. Dava até para imaginar alguém sussurrando aos ouvidos apaixonados uma voz cantando: “Umbabarauma, homem gol...Umbabarauma, homem gol”.

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