POR: PAULO ANDRÉ DOS SANTOS.
Parece até jingle, mas, trata-se apenas do desabafo de um torcedor emocionado. Depois de muitos anos amargando o ostracismo no cenário futebolístico nacional, o Bahia ressurge das cinzas para a elite do Brasileirão. Com um time insinuante e determinado, o tricolor baiano se lança diante dos adversários com ímpeto de campeão. Não há tempo ruim, mando de campo ou torcida adversária. Dentro ou fora de casa, não tem pra ninguém. Até a presente rodada, foram 15 jogos de um invejável aproveitamento. Com 11 vitórias e 4 empates, invicto, o Bahia reina absoluto na liderança do certame de 2012, mantendo 10 pontos de vantagem sobre o segundo colocado, o time do Cruzeiro. Sei que já não temos o Bobô, o Charles ou o Beijoca, mas, atualmente, temos, em termos de equipe o elenco mais qualificado e equilibrado nos três setores de campo. Temos a melhor zaga, o meio campo mais aplicado taticamente e um setor de ataque de dar inveja aos times europeus. Hoje teremos mais uma partida no Pituaçu. Bahia e Palmeiras se enfrentam pela 16ª rodada do campeonato. O Palmeiras, que tenta sair da zona de rebaixamento, vem escalado com 3 atacantes. Melhor para o Bahia, pois, sabemos jogar melhor assim. Agora, a poucos minutos do início da partida, a fila dos ingressos, como já é tradição, está fazendo uma voltinha pelo estádio. Sobre forte calor e o desconforto da espera, a nação tricolor não desanima. Cantaremos “Êta! Bahia porreta” e sairemos do estádio eufóricos com mais uma expressiva vitória. Aqui na nossa casa, adversário não joga, nem dá pitaco. O “Baiaço” está chegando para dar o espetáculo que merecemos. A nossa vibração irá abalar as estruturas do time alvi-verde. Ele não suportarão a nossa pressão por 20 minutos, pois, após isso, show-de-bola com os pés, dentro de campo, e, com as mãos, no “olé” que vamos promover nas arquibancadas. Gritaremos: mais um Baêaaaaaaa!!! O mundo todo sentirá a vibração de uma torcida que ama o seu time, que sente o orgulho de ser baiana e que não arredará o pé do estádio até que a vitória esteja consolidada. Eram cinco e quinze da manhã, quando o relógio despertou. Tudo foi um sonho, um belo sonho. Eu estava encharcado de suor. Parecia que estava correndo sob forte sol na estrada... Vá entender. Com o ventilador ligado, eu não deveria estar tão aquecido e a casa é bastante arejada, de modo que, sobre isso, só tenho duas hipóteses: ou foi uma febre ou foi o ânimo de um torcedor em pleno sono.
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