sexta-feira, 9 de outubro de 2009

A correria.



POR: PAULO ANDRÉ DOS SANTOS.

A população das grandes cidades brasileiras tem crescido muito rapidamente, nos últimos dez anos. Tem tanta gente, que fica difícil sair de casa em determinados horários. É um engarrafamento pra tudo. Enfrenta-se filas quilométricas no trânsito, nos bancos, nos hospitais, nos terminais de ônibus, etc. Enfim, é tanta fila, é tanta espera, que, para fugir delas, logo que inicia o dia, descumprimos os limites que regulam a nossa existência. Muitas vezes, não percebemos sequer a sintonia necessária entre mente e corpo. Aquela voz lá dentro que grita, que nos pede pra parar, que nos pede pra descansar. Os estados, os ânimos, os estresses, as pressões emocionais e as dores, passam muitas vezes desapercebidas, deixando conosco, sempre, alguma marca ou patologia, em fase de incubação. A correria, nesse sentido, preocupa. O preço pago por isso é, em muitos casos, alto demais. A vida não combina com correria, nem tampouco combina com falta de movimento. Vida é movimento, mas, tem um movimento próprio, um tempo próprio, que deve ser respeitado, sob o risco de ter que parar definitivamente.

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