POR: PAULO ANDRÉ DOS SANTOS.
Todos os dias pela manhã, quando abrimos a janela da mente para o mundo, percebemos que a nossa vista se encontra o futuro. Não o futuro em si, mas, um jogo de possibilidades, uma imensa cadeia de perspectivas boas e ruins que nos obrigam a assumir posições estratégicas.
Está tudo interligado, tudo se relaciona com tudo e, nesse sentido, o bom e o ruim coexistem. Sucesso e fracasso se relacionam de maneira umbilical, dependendo um do outro. Assim, com o fracasso de hoje, podemos construir o sucesso de amanhã. A humanidade segue, portanto, o seu natural caminho de evolução.
Em um caso específico tão presente no nosso cotidiano, podemos citar as empresas, que para viabilizar a própria sobrevivência, incorporou a sua cultura operativa o conceito de liderança e de liderados. É como se estivessem realmente mergulhadas em uma guerra, em uma arena de combate. E nessa empreitada, a qualidade da relação estabelecida entre líderes e liderados é imprescindível.
Não se pode mais conceber atualmente o espaço das empresas com um simples ambiente coletivo, onde trabalham um determinado número de pessoas. Por isso, talvez, muitas das empresas tem se tornado, cada vez mais, um corpo-ação, uma corporação. O coletivo idealizado assume um aspecto mais integrado, interligado, inspirado, sobretudo, por objetivos comuns.
Nesse sentido, o ambiente coletivo das empresas passa a ser visto como ambiente de equipes, onde as pessoas são convidadas a realizar, cada uma, um papel específico, dentro da organização do processo produtivo. Para isso, são algumas iniciativas servem de estímulo, em termos de valorização da atividade e do profissional, abrindo possibilidades para que cada pessoa possa compreender a importância de sua atividade nas empresas.
Por outro lado, em virtude da necessidade de assegurar a competitividade no mercado, algumas empresas acabam, de certa maneira, espoliando qualquer possibilidade de ter em seus espaços, ambientes de equipes, num sentido legítimo. Cria-se dentro da cultura dessas empresas, uma mentalidade estruturada no pragmatismo, onde os resultados são o que realmente importa, esquecendo-se muitas vezes, de que os resultados, para serem conseguidos, precisam de pessoas.
Com isso, perde-se a oportunidade de caminhar em direção ao sucesso duradouro. Priorizando o aqui e o agora, através, unicamente, da política de resultados, as pessoas começam a agir mecanicamente, por puro interesse salarial e não, como deveria ser: por saber da importância que cada um representa na cadeia produtiva.
Isso não quer dizer que as pessoas não agem também por interesse salarial, pois, isso é uma condição para a vida delas em sociedade,mas, não deve se restringir a isso, uma vez que as pessoas querem se sentir felizes onde estão trabalhando e o salário delas não é a única condição para isso. O salário, nesse sentido, é uma das recompensas e, em alguns casos, não a maior delas.
Há pessoas que ganham um salário muito bom onde trabalham. Entretanto, sempre se revelam insatisfeitas com aspectos interpessoais dentro das empresas. Isso demonstra que não é somente o salário que traz a satisfação às equipes. Existem coisas que também precisam ser observadas, como por exemplo, o grau de ética que estão norteando a relação nas empresas.
A ética é o alimento das empresas. Para que elas possam “ter vida, e vida com abundância”, precisam ter em seu ambiente corporativo, perspectivas de relações humanas de respeito às particularidades de cada pessoa, desde que esta não esteja prejudicando a coletividade. Afinal, as pessoas são o capital mais importante das empresas, o capital humano. São, sem sombra de dúvida, o ar que enche os pulmões das empresas, que as fazem respirar e a continuarem vivendo.
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