
Por: Paulo André dos Santos.
Há tempos atrás ser proativo era sinônimo de assumir responsabilidades. Uma pessoa com esse perfil, geralmente, agia com motivação e iniciativa, sempre que uma situação pedisse a solução de um problema atípico. Entretanto, equacionar situações problemáticas, em inúmeras circunstâncias, exige um dispêndio de consideráveis somas em dinheiro. Não raramente, gastos realizados para solucionar problemas ocasionava perdas sérias e, em alguns casos, irreparáveis, no potencial de investimento da empresa. Com isso, a capacidade de conservar a sustentabilidade e a autonomia financeira é afetada e, por fim, perde-se em competitividade, elevando o risco da não sobrevivência no mercado. Diante de uma economia globalizada onde a concorrência se faz cada vez mais acirrada, de modo que, indispensavelmente, maximizar os recursos financeiros torna-se um dos fatores críticos de sucesso do negócio. Nesse sentido, estar habilitado para “apagar incêndios” já não é mais suficiente. Ser proativo, nesses moldes, não garante o êxito de um empreendimento. É preciso atenuar os fatores que oferecem risco ao negócio. Para isso, é fundamental o desenvolvimento de um plano estratégico, que analise todas as variantes que impactam diretamente nos resultados do negócio. O problema, nesse sentido, existe antes mesmo de nascer. Com ressalva para casos fortuitos, relacionados a fatores externos à empresa, os problemas aparecem logo na fase de planejamento de um processo da empresa. Um planejamento mal feito já é mais de meio problema. Conseguinte, nesse contexto, o significado de proatividade precisa ser reconcebido, enriquecido, acrescentado pelo adjetivo da visão estratégica. Ou seja, ser proativo em consideração as demandas atuais do mundo empresarial, principalmente, em nível gerencial, deve ir muito além de possuir atitude. Ser proativo, na perspectiva atual quer dizer, também, possuir os pés no presente e com os olhos no futuro. Trata-se, não mais de uma proatividade focada estritamente na autonomia para a iniciativa, mas, de uma proatividade estrategicamente visionária, em que cada passo é pensado e planejado. Em suma, uma capacidade de ação e resiliência tal concebida, que permite um processo mais seguro e acertado de adaptação às mudanças.
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