terça-feira, 21 de abril de 2015

O fim da estrada

Ainda ontem vi um menino, Ainda ontem, acenava acima, na janela. Para todos, desejos de bom dia, Votos de um pequeno tagarela.
Ainda ontem vi um menino, Curioso de estar no mundo, A cada resposta, uma pergunta. A paixão pelas novas descobertas.
Tempos depois, a mesma alegria. Porém, já sem a fome e o fôlego das perguntas, Sonhos fabulosos e um otimismo desemfreado.
Agora, o fim precoce de uma jornada, sem primavera. Observa-se nas árvores, as folhas secas, Vestígios de uma vida que se foi. Deixando-nos o retrato de momentos, Das cores e da música, Das peripércias de mais um viajante, que já embarcou no trem.
Paulo André

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