quinta-feira, 17 de setembro de 2009

A finalidade humana em nível planetário.



POR: PAULO ANDRÉ DOS SANTOS.

Para os mais otimistas, o sol tem que brilhar, mesmo sendo ao final da tarde. Como é muito comum ser enunciado nas conversas do cotidiano, nos bares, nas casas e nas ruas, “Antes tarde do que nunca”. Ao aproveitar esse princípio popular de forma a analisar a condição humana, vitimada pelo “mal estar da civilização”, vemo-nos obrigados a realizar o caminho regresso, com destino à antiguidade. Nesse sentido, Aristóteles, já nessa época, defendia a finalidade primordial humana, a felicidade. E para ser feliz, para usufruir do supra-sumo da plenitude, homens e mulheres precisam ser livres. A liberdade ainda é, nos dias atuais, um objeto de extremo desejo, símbolo mágico e utópico da humanidade. Mesmo assim, ciente da própria condição, os humanos não desistem de sua grande busca, dessa empreitada, que faz de todos, navegantes nos mares do conhecimento. E, a bordo dos navios, à proa, gritam revestidos de esperança, todas as manhãs, os capitães: Dia bom. Dia de desafios e de travessia, de conquista da felicidade. Não desistamos. É preciso conquistar a “liberdade, ainda que tardia”. Essa é, desde sempre, a razão humana, o seu princípio e o seu fim. Afinal, como uma condição primeira da felicidade, nascemos para sermos livres. Livres para pensar, para julgar, para decidir e agir, sempre orientados pelos princípios éticos, propulsores da viabilidade social-humana. A humanidade necessita, como um requisito de sua autopreservação e, portanto, de sua sobrevivência, aprender a se comportar como um corpo social único, planetário. Para que isso aconteça, em nível sistêmico, efetivamente, cada um dos humanos, no âmbito de suas tribos, devem resgatar ou desenvolver o interesse, em querer, em criar e em dar significados, para depois afunilar a compreensão de si, como um membro-corpo planetário, e, assim, atingir um nível mais elevado, mais transcendente, de consciência. Não se trata, portanto, de edificar uma consciência restrita, pormenorizada, mas, de se permitir à construção de uma visão transdimencional dos compromissos éticos com a humanidade, como também, dos poderes e das possibilidades que cada sujeito, em cada tribo da tribo maior, conserva e oportuniza quando pensa e age coletivamente.

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