segunda-feira, 12 de julho de 2010

Crônicas da Copa.



PAULO ANDRÉ DOS SANTOS.
A cada quatro anos, o mundo gira em torno do futebol. Cerca de trinta e dois países entram na disputa pela tão sonhada taça de campeão mundial. Em casa, milhões de patriotas torcedores roem as unhas, na expectativa de que seu país faça uma boa campanha – o futebol tem seus encantos. Aliás, nenhum esporte, talvez, produza tanta audiência nas transmissões televisivas. Realmente, um evento esportivo da magnitude da Copa do Mundo de Futebol é bastante rentável. Muito dinheiro escorrega pelo duto do mercado futebolístico. Cifras astronômicas são geradas a partir da publicidade singular da Copa. Grandes empresas multinacionais investem vultosos recursos, a fim de potencializar as vendas. E vendem muito, senão não gastariam tanto com publicidade. A Copa é interessante enquanto evento esportivo, mas, mais do que isso, é muito importante, também, como “mina de ouro”, pois, oferece às empresas a oportunidade de ampliar substancialmente os seus lucros. Com tanto dinheiro rolando pelos bastidores, a suspeita sobre manipulações de resultados é presente nos segmentos mais críticos da sociedade. Aliás, muitos, já céticos, preferem a indiferença diante do referido evento, dada a convicção sobre o seu cunho ideológico. Referem-se à Copa como um “circo” montado para as massas, a fim de desocultar a realidade e lhes proporcionar uma ilusória e momentânea esperança. Por outro lado, não dá para negar a Beleza do futebol. Os lances ontológicos, os dribles desconcertantes, as defesas milagrosas, fazem do futebol o esporte mais popular do mundo. Sendo, na Copa do Mundo, um motivo para se colocar em cena o sentimento nacional, refletindo, de certa forma, os anseios de cada povo. Durante a Copa do mundo, o mundo gira em torno da bola. Na verdade, a bola é o mundo, a razão existencial de todos estarem a acompanhá-la: os jogadores, os torcedores no estádio, os telespectadores etc., todos, enfim, envolvidos emocionalmente na competição, gritando, reclamando, sugerindo medidas necessárias ao sucesso de sua Seleção. Nesse meandro, um ganha, outros perdem, mas, continua ainda acesa a chama da esperança para a próxima edição do evento. Após quatro longos anos, tudo começa de novo, ressurge a esperança, da própria realidade, a grande maioria refugia-se nela para que possa existir, pelo menos, como povo. A comunhão e o entusiasmo dos torcedores volta a empurrar a Seleção rumo às vitórias.

O charlatão, o vigarista e o estelionatário.



Por: Paulo André dos Santos.
Desde que o mundo é mundo sempre existiram pessoas desprovidas de qualquer dignidade, que ganham a vida explorando a ingenuidade e as crenças da população. Hoje, é preciso tomar muito cuidado com pessoas desse tipo. Charlatão, vigarista, estelionatário,... independente do nome que se dê, milhares de pessoas são vitimadas todos os anos. Há enganadores de toda natureza: vendedores de curas milagrosas, de produtos que não funcionam, de terrenos no mar, etc. Na maioria das vezes, as suas vítimas são anciãos, principalmente. Geralmente, pessoas de baixa escolaridade, que são enganados, sofrendo, muitas vezes, prejuízos irreparáveis em seu patrimônio. Em alguns casos, sendo expostas a riscos de morte – no caso, por exemplo, de remédios à base de farinha. O pecado capital desses falsários é que se acostumando em realizar tramóias acabam ganhando excessiva confiança, deixando de precaver-se dos riscos de serem desmascarados. O mal do esperto é que ele acaba se convencendo de que somente ele é esperto, os outros são uns otários. Nesse momento é que a casa cai, o meliante acaba preso, quando antes, não recebe uma sova dos populares.