"Um texto é muito mais do que um simples conjunto de palavras, é um organismo vivo, uma ontogênese, que carregam consigo visões, sentimentos e utopias". Autor:Paulo André Seja bem vindo!
domingo, 13 de novembro de 2016
RESENHA DO FILME "A EDUCAÇÃO DE PEQUENA ÁRVORE.
Bate coração.
sábado, 30 de julho de 2016
A fofura do til
segunda-feira, 18 de abril de 2016
Entre o flerte e o Prazer
domingo, 3 de abril de 2016
História e fábula
Por: Paulo André.
Diante dos acontecimentos atuais que permeiam a vida politica brasileira, qualquer centelha de reflexão é necessária - é preciso se revestir da sensatez. É indispensável evitar cair no precipício da polarização política. Para citar um exemplo, lembrei-me de uma cena do filme "O conde de Monte Cristo, muito interessante do ponto de vista da análise histórica. Na cena, o filho, uma espécie de secretário de justiça acusa o próprio pai de estar conspirando e traindo o governo, ao estar se mobilizando para o retorno ao poder de Napoleão Bonaparte. O pai, naquela cena, redarguiu de que a alcunha de traidor é relativa. Por que, caso Napoleão retorne ao poder, quem estivesse colaborando com o aquele governo é que seria, então, o traidor - no caso, o filho. Isso é revelador. Vilão e mocinho, no futuro, no curso da escrita histórica, irá depender de quem foram os vencedores e os vencidos - normalmente, são os vencedores que contam a história. E sendo assim, vilão pode vir a se tornar herói e o herói, caso vencido, será escrito como vilão. A realidade e a história podem ser relativizada. A verdade, depende quem irá escrever a história. O período ditatorial do Brasil já foi denominado pelos militares de Revolução, hoje prevalece na escrita histórica, a ideia de Golpe Militar, como disse, tudo depende de quem está narrando a história. É um grande desafio, hoje, pensar como irão contar a história dos acontecimentos que estamos vivenciando. História e fábula possuem uma certa similaridade, a diferença é que na fábula é admissível.
sábado, 2 de abril de 2016
Nada a tEmEr ?
POR: PAULO A SANTOS.
Recentemente o STF decidiu autorizar a abertura de processo de impeachment contra Michel Temer, Vice-Presidente da República, principal beneficiário em caso de confirmação do impedimento - impeachment - da Presidente Dilma Rousseff que tramita no Congresso, graças ao "ilibado" Senhor Deputado Federal Eduardo Cunha. Como é do conhecimento do público, em geral - isso não sai das manchetes -, sob o comando de Temer, o principal partido da base governista decidiu se afastar do governo - como quem dissesse : "Eu não tenho nada com isso". Esse caso me lembra o do comandante europeu que abandonou o transatlântico, em pleno naufrágio, deixando a tripulação à sorte. Moralmente, isso foi deplorável - o mundo condenou isso. O que diríamos agora do PMDB ? É um partido de covardes ? Ou seria de pilantras sanguessugas. O que é isso ? Beberam, comeram e jantaram no Palácio por muitos anos e agora querem sair mascarados de vítimas ? Ora, façam-me um chá, pois é preciso refletir muito sobre isso. Tudo bem, uma vez que, em relação ao Temer, não temos nada a temer - parece brincadeira isso, não? Como noticiado anteriormente, o STF autorizou o start do processo de impedimento - ou impeachment, como queira - do Michel Temer. É, parece que o Temer - o incendiário - tentou dar um empurrão no processo de impedimento da Presidente Dilma, mas, ao que parece, o feitiço se virou contra o maléfico feiticeiro. Agora também foi dançar na prancha e, logo, começarão a se agitar os tubarões. Por outro lado, a preocupação continua. Adivinhe, caro leitor, quem é o próximo na linha de sucessão. Ha Ha... Não contávamos com isso, não é? Eduardo Cunha - o homem bomba. Imaginem ele na Presidência da República - não! É melhor nem imaginar. Por enquanto, não temos nada a temer, mas, esperemos um pouco... Não muito, senão acontece.
sábado, 26 de março de 2016
Olhos famintos.
Muitos querem assistir à execução do infame, desde que não seja da família. Muitos, querem vê-lo sofrer, chorar, sangrar, desde que as lágrimas e o sangue não sejam de quem as deseja. Assim é a nossa forma de conduzir as divergências, eliminar o ícone de nossa tragédia. O paternalismo nos conduz. Os que tem voz, gritam pelos seus - e em voz sussurante dizem: Que se dane o resto. E nesse caso, o resto é simplesmente a maioria. Não importa se existe um mundo de carências e privações do outro lado. Não importa, se lá, do outro lado, a fome , a seca, a precariedade da vida tem dado o tom da música, há muitos anos. Atualmente, o nosso país vive um momento complexo e decisivo. Podem surgir graves problemas dessa crise - ou, quem sabe, poderemos nos reinventar, criar novas perspectivas e oportunidades. A crise é assim: pode nos servir como trampolim, bem como, de frágil corda que nos levará para o abismo. Tudo irá depender da forma como encaramos isso. Os casos de corrupção e a recessão econômica mundial, tem sido o argumento para a grande fissura se abriu no país. De um lado, segmentos da população abraçados pelo governo, do outro, os que ficaram revoltosos por não terem sido abraçados também. E por isso, querem a cabeça do rei em uma bandeja de prata. Não irão descansar antes de cumprir esse objetivo - custe o que custar. Eles estão dispostos a incendiar o palácio - se for preciso. No entanto, como diz um velho clichê, "Todos querem mudar o mundo, mas ninguém quer mudar a si mesmo". Quase todo mundo fala de corrupção, das pedaladas do governo, disso é fácil falar - é bom, é pertinente falar. Nesse momento, os que se intitulam arautos da moral e da justiça, avançam rumo ao fundamentalismo político. Difícil mesmo é falar do "gato de energia", da "propina" que se paga a escola para aprovar o filho/a filha, da fuga no trânsito para não ser pego na blitz, do desrespeito aos semáforos, do desrespeito pelas implicações pessoais dos vizinhos ao aumentar o volume do rádio, da fraude na declaração de imposto de renda, do desrespeito à fila, em quaisquer circunstâncias, etc. Ficaria eternamente descrevendo aqui os símbolos de nosso espírito republicano - mas acho que aqui já podemos ter uma noção. O maior problema não reside produzir bons políticos. O grande problema, para nós é produzir, em larga escala, bons cidadãos. Uma vez que tenhamos uma sociedade cidadã, produzir bons políticos não exigirá significativos esforços. Lembro que, durante a Copa do Mundo de 2014, no país - não lembro o jogo, os japoneses nos deram uma aula memorável do que é civilidade/ cidadania. Após o jogo, eles começaram a limpar as arquibancadas do estádio. Eu, particularmente, como brasileiro, senti-me envergonhado - foi preciso um estrangeiro para nos dar essa lição. Infelizmente, temos muito para aprender. Precisamos de um rumo que aponte para um novo momento virtuoso em nossa sociedade.