domingo, 6 de março de 2011

Segundos.



Por: Paulo André dos Santos.
Um dia, um minuto, um segundo. É o que pode durar uma decisão. Uma fração mínima, insignificante de tempo, que pode custar, muitas vezes, dias, meses, anos, ou, até mesmo, uma perpétua e indigesta consequência. Uma decisão precipitada pode render um exílio distante e desconectado das pessoas mais próximas. Pela insensatez cometida, amarga-se intermináveis castigos e perde-se de vista o que de há de mais precioso na vida, o propósito, a direção e a trilha da liberdade. Em segundos, as flores murcham. Em segundos, as ondas do mar esvai toda a beleza transbordante na areia. Tem segundos que valem por uma vida. Outros, é melhor esquecer. Em segundos alguém pode ficar rico, pode lacrimejar de felicidade ou, simplesmente, cair na mais severa desgraça. Muita coisa é passível de acontecer em frações de segundos. Coisas boas ou ruins. Pode-se ganhar, ou, desastrosamente, perder a dignidade, a saúde e, até, a vida. Em segundos, aproveitamos, ou não, a oportunidade de viver plenamente, de realizar proezas, de atravessar oceanos e alcançar sonhos distantes. Assim, a distância entre o que somos e o que podemos ser, está sujeita a ser determinada em questão de segundos.

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