segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Ao pé do tamarineiro

As folhas caem soltas,
 velha árvore que se renova,
já não tens a sombra que nos afaga,
nem o vento que nos alegra,
oferta-nos ainda a paisagem,
 bucólica cidade natal,
 nossas raízes nos trazem,
semente do início, cinzas do nosso final.
 
Tão nostálgica lembrança,
Tempos bons, meus velhos companheiros,
aqueles tempos de criança,
em que passávamos o dia inteiro
ao pé do tamarineiro.
 
A gangorra que irrigava os sonhos,
sementes que cresciam vigorosas,
poesia profética que se escrevia,
imaginação infantil que se expandia,
além dos horizontes da cidade,
onde os rios levam a vida
a toda essa gente sofrida.
 
Tempos que não retornam,
saudade que dá sede,
prisão que nos liberta,
dessa realidade dura e incerta.

Por: PAULO ANDRÉ DOS SANTOS

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