segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A POBREZA MORA AO LADO

Por: PAULO ANDRÉ DOS SANTOS.


As diferenças de poder econômico e de níveis de educação entre os bairros mais nobres e os bairros de periferia de salvador são consideráveis. Engana-se porém, quem imagina que as camadas mais humildes da sociedade soteropolitana estão sempre aglomeradas em locais distantes daqueles em que se concentram as famílias de maior poder aquisitivo da cidade.
Nesse sentido, podemos citar o exemplo do bairro da Saramandaia, situado na divisa da avenida A.C.M., no lado oposto ao Shopping Iguatemi, logo atrás da Estação rodoviária de Salvador. Este é um bairro que concentra pessoas entre a linha da pobreza e da miséria. Embora na gestão da ex-prefeita Lídice da Mata tenha sido implantado, com o objetivo de melhorar o quadro social, o “cidade Mãe”, projeto que trouxe progressos no trabalho de educação de crianças carentes, boa parte dos moradores ainda vivem em condições precárias de vida.
Conseqüentemente, esse estado sub-humano a que estão submetidos as comunidades mais pobres tendem a gerar tensões que podem aumentar o índice de violência no local. Na maioria dos casos essas ações perturbadoras são praticadas por indivíduos que se caracterizam por um histórico de vida muito sofrida. Geralmente, possuem um baixo nível de escolaridade e, certamente, influenciado pelas dificuldades econômico-sociais, acabaram ingressando na vida criminosa.
Portanto, para reverter esse quadro vicioso, faz-se necessário aos governantes desenvolvam um trabalho sobre o processo de educação de maneira mais responsável, como também, a implantação mais agressiva de políticas públicas voltadas para a alfabetização de jovens e adultos. Assim, fica notável que o nível de desenvolvimento de uma sociedade ou comunidade está intimamente associado ao padrão de investimentos e projetos para a educação.

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