segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A verdadeira liberdade

O cidadão brasileiro
para poder trabalhar,
precisa estudar primeiro,
e depois se capacitar,
assim ganhará dinheiro,
para se sustentar.

O Brasil dos brasis,
onde vale a diferença,
a cor da pele conta,
como status de Valência,
se for branco está na ponta,
se for negro, na carência.

O nordeste Brasileiro,
grita agora a sua dor,
para o Brasil e o mundo inteiro,
que também tem seu valor,
pois sua cultura é o seu dinheiro,
é o cardápio do sabor.

O Brasil nasceu aqui,
na cidade do Salvador,
que se esqueceu dos mais fracos,
escravizados sem temor,
castigados no pelourinho,
humilhados pelo senhor.

Mas resistentes e bravos,
não aceitaram o cativeiro,
a que eram submetidos os escravos,
do tráfico negreiro,
e se espalharam em revoltas,
pelo nordeste inteiro.

Se refugiaram nos quilombos,
que abrigavam os escravos,
cansados dos maus tratos,
que os senhores de engenhos praticavam,
violentando mulheres negras,
destruindo vínculos entre os escravos.

Na carta de alforria,
que Princesa Isabel escreveu,
assinando a Lei Áurea,
que na verdade não valeu,
criou-se outra senzala,
para abrigar quem o texto da lei não leu.

Pois o escravo ainda está preso,
aos becos e ruas da cidade,
onde pode ou não sair ileso,
quando passar a autoridade,
que revistará por inteiro,
todos os negros da cidade.

Toda prática cultural,
da nossa gente foi negada,
o candomblé fenomenal,
de Oxalá e sua espada.
Ele defende o capoeira,
e a tenda da baiana,
pois são fiéis a vida inteira,
a cultura africana.

Para obter a liberdade,
é preciso se educar,
e aprender de verdade,
a ler, a escrever e a interpretar,
manifestar sua identidade,
através da cultura se expressar.

(Paulo André, 02nov2007

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